30 de janeiro de 2014

Momento Totobola - Jornada 17

Está de volta (novamente) a liga...e o momento totobola.

Numa jornada que será já muito influenciada pelas mexidas do mercado, torna-se mais difícil a previsão, especialmente nos clubes mais pequenos onde há algumas mexidas significativas...

Mas vamos lá a isto:

Estoril - Arouca: Estoril

O Arouca e o futebol "nojentinho" de Pedro Emanuel foi uma das minhas imbirrações
ao longo da 1ª volta. Até é um clube que simpatizo e tem lá um jogador que gosto - David Simão - mas não consigo engolir aquele futebol "pequenino" das equipas do Mister Emanuel...é muito anti-jogo, é muito autocarro e muita pancada...continuo a achar que é a equipa (plantel) mais fraco da Liga, por isso acho que o Estoril é muito favorito. Sabendo que o Autocarro de Arouca, num campo que às vezes é dificil de jogar, pode dificultar a tarefa dos "canarinhos".


Maritimo - Porto: Empate

Uma das deslocações mais dificeis que o Porto terá na 2ª volta
, portanto esta é uma jornada em que os seus rivais "suspiram" por uma escorregadela. Para os Benfiquistas, aumentar a vantagem face ao Porto antes do Derby seria "ouro sobre azul" (literalmente). Primeiro jogo do Porto sem o seu comandante, mas com um Quaresma que começa a ameaçar voltar ao seu nível (pelo menos para consumo doméstico). Depois da exibição do Maritimo B no Dragão no fim de semana passado, há legitimas esperanças que possam roubar pontos aos Dragões.


Vitória Setúbal X Rio Ave:  Vitória Setúbal

Parece que o Rio Ave foi buscar um ponta de lança à Premier League (Cardiff), estou curioso para ver esta "surpresa" em acção, mas não deve ser já nesta jornada. Quanto ao Setúbal de Couceiro (outra das minhas embirrações) tem vindo a subir de prestação e desde que não ponha o Betinho (mais uma embirração) a jogar, acho que podem chegar aos 3 pontos.


Gil Vicente X Benfica: Benfica

Difícil, deslocação complicada, campo pequeno, terreno pesado, más condições climatéricas, adversário que sabe jogar à bola...é uma das deslocações difíceis do Benfica na 2ª volta. Mas para poder ambicionar o título há que vencer estes jogos...e com maior ou menor dificuldade, acredito que o Benfica conseguirá. É provável que continue a aposta na dupla Fejsa-Perez no meio campo, com Rodrigo-Lima na frente e uns minutinhos para Cardozo...na loucura, porque não Rúben Amorim - Perez (com Rúben como falso "6"), prevendo-se que será um jogo em que o Benfica terá toda a iniciativa de jogo e predomínio da posse de bola? Fica a ideia para JJ...


Belenenses X Braga: Braga

Neste post no inicio da época arrisquei a previsão do Braga em 4º lugar, na luta pelo 3º com o Sporting...já não acredito na história da luta pelo 3º, mas o 4º lugar está perfeitamente ao alcance de uma 2ª volta de alto nível do Braga...A produção da equipa tem vindo a subir, e o empréstimo de Rucescu (claramente um nível acima, e jogador para outros voos) foi uma jogada de mestre. O Braga ganhou um ponta de lança ao nível dos grandes e cheira-me que vai fazer uma 2ª volta imparável!


Sporting X Académica: Sporting

Mesmo com um Montero que parece ter gasto todas as balas na primeira volta, há sempre o talismã Argelino para resolver as coisas no fim.
O plano B de Jardim, no 4-4-2 que é 4-2-4 a atacar com Montero + Slimani ou mesmo Wilson Eduardo + Slimani e Capel/Carrillo nas Alas é muito eficaz contra as "pequeninas" equipas tugas...depois de 75/80 minutos a aguentar o Sporting, esta mudança normalmente "rebenta" com a resistência desses pequenos.
É por isso é que é um plano B  e nunca poderá ser A e é por isso que tem resultado tão bem...se o plano A não funcionar contra a Académica, lá virá outra vez a receita do costume e, muito provavelmente, voltará a funcionar.
Nota para a contratação de "Sabry" (não é ele?) mais um mágico egípcio que chega a Portugal...nunca o vi jogar, mas o Manuel José (que é um Deus lá na terra) já deu a sua sentença...cheira-me que vem aí flop. O que vale aos Sportinguistas é que o Jardim não entra em folclores e de certeza que vai manter o 11 base para os 14 jogos que falta, ignorando olimpicamente os "mago" africano...


Vitória X Nacional: Vitória

Duelo muito interessante pela Europa. Duas equipas competentes e com qualidade. Não estive atento ao mercado de inverno para estes lados...sei que o Nacional vendeu Mexer, o que é uma baixa de peso, mas não sei muito mais. De qualquer modo o coração diz-me que os 3 pontos ficam na cidade-berço!


Paços de Ferreira X Olhanense: Empate

Diz-me pouco este joguinho entre aflitos...2 equipas pouco interessantes e com 2 treinadores medíocres. De um lado o "antigo" Calisto (com tudo o que de mau representa a expressão "antigo" nos treinadores Portugueses), do outro um Italiano desconhecido que conhece tanto do futebol Português, como eu do campeonato da Arménia...enfim...uma chatice que deve acabar praí 0-0.

PS - este jogo é 4ª Feira?!?! Não cabia no calendário do fim de semana?

27 de janeiro de 2014

Estrela Cadente #1 - Danilo Pereira (Maritimo)

Numa semana em que muito se falou de formação e, específicamente da formação do Benfica, o meu 1º destaque como estrela cadente vai para um "produto" da formação Encarnada.

Danilo Pereira
Idade: 22 Anos
Posição: Médio Defensivo
Veredicto: Cadente


Danilo é vice-campeão do Mundo de sub-20, fez parte da equipa que em 2010, na Colômbia levou Portugal de volta às finais de Campeonatos do Mundo.

Aquela equipa que esteve perto perto de igualar a geração de ouro de 89 e 91, onde pontificavam estrelas como João Pinto, Luis Figo ou Rui Costa.

A equipa de Nelson Oliveira, que só foi derrotada na final pelo Brasil de Óscar (sim, o do Chelsea).

Essa seleção, a de 2010, não tinha, no entanto, nem 10% do talento da geração de Ouro do Futebol Português, o que tinha era muita disciplina tática, muito espirito de luta, qualidade q.b. (diferente de talento), um Guarda-Redes de excepção (Mika), um trinco fortíssimo (Danilo) e um Ponta de Lança acima da média (Nélson Oliveira).

Foi neste eixo - Guarda-Redes, Meio campo forte, Ponta de lança matador  - que assentou todo o jogo desta seleção.

Um jogo algo diferente, até, do ADN tradicional das equipas portuguesas...pouco toque, pouco "rodriguinho", pouca lateralização do jogo, linhas baixas, saídas rápidas e jogo vertical.

Nessa estratégia, Danilo foi um dos destaques.

"Trinco" à antiga, forte fisicamente, muito posicional, imponente e duro. 

Nessa selecção, o papel de Danilo era sobretudo o de "destruidor de jogo", recuperar bola e larga-la rapidamente e de forma simples, era a sua missão.

Cumpriu-a exemplarmente nesse mundial e por isso "ganhou" uma passagem para o Parma, equipa da Série A Italiana.

Rezam a crónicas da época que Danilo recusou renovar com o Benfica (clube da formação) e abalou a custo zero para Itália, seduzido por jogar numa liga tão importante.

Como também é habitual nestas transferências de jovens de 20 anos que não são "Ronaldos" e que não têm ainda experiência de 1ª liga - saltam dos Juniores para grandes da Europa - seguiu-se uma travessia no Deserto...em 2 épocas de Parma, poucos minutos de utilização e passagens por emprestimo pela Grécia e Holanda (Roda) antes do regresso a Portugal, apadrinhado pelo Maritimo.

Nesta época no Maritimo (a sua estreia na 1ª liga), Danilo tem mostrado até um pouco mais do que no Mundial que o tornou conhecido...aos traços físicos do "trinco", acrescenta-se agora mais "pézinhos", uma capacidade técnica interessante e alguma capacidade de saída com a bola controlada.


É um jogador interessante, sem dúvida!

3 de janeiro de 2014

Back to basics


Ver o Tottenham "pós-André Villas Boas" jogar deve ser um castigo para os "cientólogos" da bola.

Digo isto porque nem sempre o futebol tem que ser uma ciência complicada, antes pelo contrário, complicar é, muitas vezes, estragar o que é simples.

O futebol é feito de 3 momentos/movimentos-base - Recepção, Passe, Desmarcação - jogador que faça isto bem é sempre, pelo menos, um jogador razoável (mesmo que faça pouco mais que isto)... e o mesmo se aplica às táticas, movimentações, "processos", "basculações", etc, etc.

Não se entenda que estou a menorizar a "ciência" no Futebol, pelo contrário, sou um férreo apoiante dos chamados "treinadores modernos" que apareceram nos últimos anos em Portugal e do qual Mourinho é expoente máximo.

Acho que o futebol só tem a ganhar com a introdução das tecnologias no apoio/análise aos jogos e aos adversários, com novos métodos de treino que sejam mais do que "correr à volta do campo" e "meinhos", com a introdução de jogadas estudadas e ensaiadas, com os "bloqueios" e movimentações, etc.

Simplesmente tudo isso, quando em exagero, faz-nos esquecer o "básico" no futebol e na tática.

O Tottenham de Sherwood é, por isso, um regresso às origens...desde que pegou na equipa, simplificou...processos, esquemas táticos, movimentações, e com isso, a equipa ganhou.

E depois há...Adebayor...não conseguir encontrar espaço tático para um jogador destes no Tottenham é...estranho, no mínimo!




Na última jornada o Tottenham venceu em casa do Manchester United por 2-1, num jogo que foi, para mim, um "regresso às origens" do Futebol Inglês.

A equipa apresentou-se num tradicional (que agora parece obsoleto) 4-4-2 em linha:
  • com 2 laterais "típicos" ingleses - baixos, rápidos e ofensivos - Walker e Rose

  • com 2 médios centro combativos e em linha - Dembelé e Capoue

  • 2 extremos- Lennon e Eriksen - a abastecer 2 pontas de lança (são mesmo 2 pontas de lança) Adebayor (o Pinheiro) e Soldado.

É este é o "simples" e básico 4-4-2 Inglês, que os "cientólogos da bola" tentaram menorizar nos últimos anos, com a introdução dos 4-2-3-1, 4-1-4-1, e outras tantas variantes que às vezes são tão complicadas que nem os próprios jogadores percebem o que devem fazer.

Estrela decadente #1 - Diawara

Para inaugurar a nova rúbrica - Estrelas (de)cadentes da nossa liga, começo pela negativa.


Mamadou Diawara - Belenenses
Idade: 24 Anos
Posição: Ponta de Lança
Veredicto: Decadente


Já aqui falei da minha predileção para os "Pinheiros" no futebol. Gosto de Pinheiros, de Pontas de Lança fixos, grandes, altos, com porte atlético, daqueles que prendem os Centrais e marcam golos.

Diawara é fisionomicamente um pinheiro, tem corpo de Pinheiro, joga na frente de ataque, é atlético, mas...é demasiado TOSCO para o meu tipo de Pinheiros.

Tudo isto poderia ser "disfarçado" se fosse matador...mas não é. Depois de míseros 5 golos na época passada na 2ª liga, este ano já leva 12 Jogos de primeira liga e nem um golito para amostra.

Talvez por isso o Belenenses só tenha apenas 9 golos marcados em 14 Jogos (3º pior ataque) na Liga e será também por isso que no mercado de Inverno já se reforçou com Roland Linz, ex-avançado de Boavista e Braga...

Diawara é esforçado, sim senhor, mas tem MUITAS carências técnicas no domínio de bola, no remate com os pés e mesmo nos remates de cabeça (apesar dos seus 1,92mts). Também em termos de posicionamento apresenta falhas graves...corre demasiado e mal e parece nunca estar no sítio certo...aliás, a maioria dos cabeceamentos que falha acontecem porque está mal posicionado em relação à zona de queda da bola.

É uma espécie de "Martin Pringle Africano"...é por isso uma estrela decadente.

Estrelas (de)cadentes

Inaugura-se novo espaço neste Blog.

Uma rúbrica periódica onde se destacam as principais vedetas e as principais desilusões da nossa 1ª liga, no que toca a jogadores, entenda-se.

Como todas as rúbricas de "melhores" e "piores" tem que haver algumas regras, em nome da coerência possível nestas questões sempre subjetivas, a ver:


Têm que ser jogadores em ano de estreia na Liga (ou 2ª época, vá, isto porque há pelo menos um que quero falar e não está na 1ª época).

Têm que ter jogado na 1ª Liga, ou seja, "não vale" dizer jogadores das equipas B - tipo Reyes - para os apontar como flop...

A avaliação é feita com base em observação e QUALIDADE percebida do jogador, ou seja, não estamos a falar em contratações falhadas - tipo jogadores contratados e que não jogam - mas sim em jogadores (contratações) sem qualidade suficiente para jogar na nossa liga e/ou na equipa em questão.

Não há avaliações comparativas, ou seja, a avaliação é sempre com base na Qualidade percebida do jogador e não por comparação com outros;

Não há avaliações de contexto, do género, "é bom para o Paços de Ferreira, mas não tem qualidade para um grande", a avaliação é com base na qualidade que o jogador evidencia, se é bom no Paços é bom, ponto final.



e é isto (que me lembre).

Venha a polémica!!