3 de janeiro de 2014

Back to basics


Ver o Tottenham "pós-André Villas Boas" jogar deve ser um castigo para os "cientólogos" da bola.

Digo isto porque nem sempre o futebol tem que ser uma ciência complicada, antes pelo contrário, complicar é, muitas vezes, estragar o que é simples.

O futebol é feito de 3 momentos/movimentos-base - Recepção, Passe, Desmarcação - jogador que faça isto bem é sempre, pelo menos, um jogador razoável (mesmo que faça pouco mais que isto)... e o mesmo se aplica às táticas, movimentações, "processos", "basculações", etc, etc.

Não se entenda que estou a menorizar a "ciência" no Futebol, pelo contrário, sou um férreo apoiante dos chamados "treinadores modernos" que apareceram nos últimos anos em Portugal e do qual Mourinho é expoente máximo.

Acho que o futebol só tem a ganhar com a introdução das tecnologias no apoio/análise aos jogos e aos adversários, com novos métodos de treino que sejam mais do que "correr à volta do campo" e "meinhos", com a introdução de jogadas estudadas e ensaiadas, com os "bloqueios" e movimentações, etc.

Simplesmente tudo isso, quando em exagero, faz-nos esquecer o "básico" no futebol e na tática.

O Tottenham de Sherwood é, por isso, um regresso às origens...desde que pegou na equipa, simplificou...processos, esquemas táticos, movimentações, e com isso, a equipa ganhou.

E depois há...Adebayor...não conseguir encontrar espaço tático para um jogador destes no Tottenham é...estranho, no mínimo!




Na última jornada o Tottenham venceu em casa do Manchester United por 2-1, num jogo que foi, para mim, um "regresso às origens" do Futebol Inglês.

A equipa apresentou-se num tradicional (que agora parece obsoleto) 4-4-2 em linha:
  • com 2 laterais "típicos" ingleses - baixos, rápidos e ofensivos - Walker e Rose

  • com 2 médios centro combativos e em linha - Dembelé e Capoue

  • 2 extremos- Lennon e Eriksen - a abastecer 2 pontas de lança (são mesmo 2 pontas de lança) Adebayor (o Pinheiro) e Soldado.

É este é o "simples" e básico 4-4-2 Inglês, que os "cientólogos da bola" tentaram menorizar nos últimos anos, com a introdução dos 4-2-3-1, 4-1-4-1, e outras tantas variantes que às vezes são tão complicadas que nem os próprios jogadores percebem o que devem fazer.

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