2 de novembro de 2013

O Homem do Tiki-Taka encarnado















A propósito do genial golo de Markovic (já vos disse que o homem não é extremo?) contra a Académica, venho falar-vos de outro jogador. Mais discreto, mais tranquilo, menos exuberante, mas também com uma grande classe.

Falo-vos do "improvável" Ruben Amorim. O Ruben não é consensual entre os benfiquistas, diria que é indiferente para a maioria, bom jogador para outros e péssimo para os restantes.

Para mim é um BOM jogador, muito inteligente e útil. É alternativa (a mais credível) a Enzo e é um jogador para a posição 8, muito interessante!

A propósito, Aproveito já para dizer que Amorim não é 6, não é lateral direito, nem interior direito...ok Jesus??

Para mim Amorim é o 12º jogador neste plantel, aquele que é (deve ser) normalmente a primeira opção a sair do banco, aquele em que o treinador confia, em qualquer situação. Ruben Amorim sabe o que faz dentro do campo, ocupa bem os espaços, posiciona-se bem, recupera bolas, tem uma ótima eficácia no passe curto, uma razoável qualidade no passe longo, boa visão de jogo e às vezes até finaliza. É um médio centro completo, portanto.

O passe milimétrico de ontem para Markovic (já vos disse que o homem não é extremo?) é prova disso mesmo, boa visão de jogo e bom passe.

Nos últimos 2 jogos vi o Ruben entrar em campo para assegurar posse de bola e para "segurar" o jogo, controlando-o. Não foi portanto uma substituição defensiva, mesmo tirando um avançado.

 "Meter" o Ruben, não é o mesmo que "meter" o Roderick, como tantas vezes no ano passado, ou o Fejsa. Meter o Ruben é reforçar o triangulo do meio-campo dando-lhe mais qualidade em posse e a capacidade de controlar os ritmos de jogo e assegurar a posse de bola.

Juntar Rubén a Matic e Enzo é adoptar uma especie de "tiki-taka" à moda da Luz e uma forma de dizer à equipa que os jogos se controlam com posse de bola, de lhes dizer que se está 2-0 não vale a pena continuar a jogar numa vertigem atacante, sem critério e sempre a acelerar à procura do 4º e 5º. É dizer que não vale a pena partir a equipa ao meio habilitando-se a "levar" o 2-1 e a sofrer até ao fim. Ou então que é preciso recuar, fechar lá atrás e aguentar o sufoco (como quando se metia o Roderick no ano passado).

Se os jogadores do Benfica fossem crianças, daquelas que jogam na rua e se auto-intitulam como os seus ídolo: "eu sou o Cristiano Ronaldo, eu sou o Messi, eu sou o Rui Costa", qual seria o único que poderia dizer: "eu sou o Xavi" sem que todos os outros se rissem??

O Rubén Amorim!

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