17 de dezembro de 2013

A Jornada 13 - O Azar de Artur e a confirmação de um candidato ao título.


Numa Jornada em que os 3 grandes cumpriram a sua obrigação enão teve grandes surpresas nos restantes jogos, o principal destaque vai para dois acontecimentos relacionados com Sporting e Benfica.

O Sporting confirmou esta jornada que é efetivamente candidato ao título, já não há volta a dar.

Está "dentro" da luta e por isso é tempo de pararem as especulações jornalísticas e as insistentes perguntas a Jardim e ao Presidente sobre o tema. É candidato, e não se fala mais nisso!

Quando uma equipa, a jogar em casa contra uma equipa que subiu de divisão, ao fim de 30 minutos de jogo não fez ainda  uma única jogada de perigo e tem apenas um "remate" à baliza (um calcanhar aéreo de Capel, à figura do Guarda-Redes adversário)  e mesmo assim continua a ser apoiada incessantemente pelos adeptos, num estádio praticamente cheiro, isso é "estado de graça", isso é "crença", isso é ter a força de um candidato.

Estes mesmos 30 minutos, com Vercauteren na época passada, dariam direito a assobios, com "eco", num estádio "às moscas"...a equipa nervosa, com a bola a queimar e em risco eminente de perder...

Este ano não, mesmo sem jogar bem, a equipa continuou "calma", a tentar (sem grande sucesso) fazer o seu jogo, explorando as subidas dos laterais, com as movimentações treinadas e esperando pela melhor oportunidade e sempre com grande apoio das bancadas.

E a oportunidade surgiu sob a forma de um "penalty", daqueles que só se costumam ver lá para os lados do Douro (outro sinal que é candidato ao título), que veio "desbloquear" o jogo e embalar a equipa para mais uma vitória "robusta".


No Algarve, o Benfica cumpriu e ganhou num jogo "estranho" contra uma equipa também ela "estranha".

Olhanense é um conjunto de (bons) jogadores que foram "despejados" em Olhão, sem perceberem muito bem o que lhes aconteceu.

Neste grupo invulgar há jogadores das nacionalidades mais estranhas, há Internacionais A nos seus países, há internacionais jovens portugueses e há até italianos que eram titulares em equipas da Serie A no inicio da época (!!)...há tudo isto e, ao mesmo tempo, há uma equipa "desarranjada", mal organizada e frágil.

Sim, é verdade que marcaram 2 golos, mas foram "oferecidos" pelo Benfica.

Por mais estranho que possa parecer, este foi daqueles jogos em que não tive grandes dúvidas que o Benfica ia ganhar.

A facilidade a que se assistia, em "romper" no espaço entre linhas da Olhanense (Rodrigo na 1ª parte fartou-se de o fazer), o espaço frontal aberto para Matic jogar à vontade  (que deu no 2º golo), as diagonais interiores dos Alas do Benfica, sem oposição (Ivan, Gaitan e Sulejmani no 3º golo) eram indícios de que o Benfica, desde que acelerasse o jogo, não teria grandes dificuldades em chegar à zona de decisão...depois tudo dependeria da eficácia.

E a eficácia não foi nada má, 3º golo a chegar cedo na 2ª parte e, depois disso, não houve mais jogo.

Até que...Artur numa saída imprudente e tecnicamente fraca, se lesiona...

Este azar de Artur, pode ter sido a sorte do Benfica. Sobre isso, noutro post.





















No Porto, Fonseca descobriu Carlos Eduardo e percebeu que o "triangulo invertido" com Fernando na posição 6 e Lucho + 1 à sua frente é a solução mais equilibrada para a equipa.

E com isso ganhou com relativa facilidade.

Acho que a melhor solução para esse lugar ao lado de Lucho é Josué, mas Carlos Eduardo (na versão mais agressiva - à Porto -  e não na versão "molenga" do Estoril) pode ser uma opção interessante.

As comparações valem o que valem, mas olhando para este Carlos Eduardo, com 24 anos, lembro-me de Deco quando chegou ao Porto. Técnica e qualidade inegáveis,  ritmo muito "brasileiro" e  "dengoso" e muito pouca agressividade sem bola...Deco também era assim.

Depois de ganhar ritmo europeu, Deco foi o fenómeno que foi...Carlos Eduardo pode seguir-lhe as pisadas, se estiver disposto a trabalhar e melhorar esses aspetos (ao que parece está...).







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